Enquanto nossa nação acompanha atônita a escalada do Covid19, deparamo-nos com um inimigo ainda pior: o ativismo judicial. Confortavelmente instalados em seus tronos (nos quais tem até funcionários públicos pra puxar cadeira e vestir suas togas) os ministros do STF vivem em um mundo paralelo.
Nesse universo bizarro, não é necessário ser eleito por voto popular pra ocupar um lugar no poder executivo ou legislativo. Eles são a única lei, o Deus sol, são a altíssima representação monárquica (mesmo não sendo da família Orleans e Bragança) de uma versão abrasileirada dos encastelados de Versailles - que ignoravam a fome do povo e a desgraça social. Seguem, com sua agenda progressista ignóbil, ultrapassando em muito suas prerrogativas funcionais! “Me chamem de excelência”, exigem, com a arrogância peculiar daqueles que acham que cargos imprimem respeito.
Respeito se dá, a quem se dá ao respeito. Então, me chame de Sammara Aguiar e eu te chamo pelo nome (até porque diploma de bacharel em direito ou pós graduada eu também tenho), mas não queiram, senhores ministros, impor a mim ou a qualquer cidadão - com ou sem certificado acadêmico - o “respeito compulsório” pela função ocupada, quando não honram os lugares que ocupam - nem sempre com o notável saber jurídico e reputação ilibada - que os habilitariam à função. A plebe rude agora sabe do poder que tem, inclusive de iniciar a queda da Bastilha no Brasil. Falta só nos perguntarem porque diante da fome pela falta de pão não comemos brioches...
Garanto que não gostarão da resposta.
Sammara Aguiar
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