Em entrevista veiculada hoje via remota, o ex senador Ney Suassuna, após verbalizar votos de breve recuperação ao senhor ora ocupante da cadeira outrora sua, José Maranhão, acometido pela Covid, falou mais (e certamente sem querer) do que queria com um gesto autoexplicativo: o conhecido “dedo em haste”.
A imagem, que representa muito, exibida denotando indisfarçável desdém, demonstra não só a real opinião do gesticulador, como também revela a falsidade que permeia o meio político.
Obviamente, nos trabalhos do executivo e legislativo, um mínimo de urbanidade se espera até entre adversários políticos, mas a mão fala do que o coração está cheio.
Então, cabe à nós, humildes eleitores, observar que o cenário político não é nada daquilo que nossos representantes querem demonstrar. Ah, se todos pudéssemos ver os bastidores do poder! Muita coisa seria esclarecida com um dedo. Em haste.
Aprendamos a ver além dos discursos.
Sammara Aguiar
Advogada/colaboradora
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