Biden autoriza envio de mais mil militares ao Afeganistão


Número de soldados dos Estados Unidos no país para restabelecer a segurança na região chega a 7 mil 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou, nesta segunda-feira (16), o envio de mais mil soldados ao Afeganistão, aumentando para 7 mil o número de militares norte-americanos que foram deslocados para Cabul.

O anúncio foi feito pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, em declarações à imprensa americana. Esses mil soldados adicionais pertencem à 82ª equipe de brigada aérea de combate e serão deslocados do Kuwait ao Afeganistão.

Kirby explicou que as forças dos EUA mobilizadas em Cabul trabalharão para "restabelecer a segurança" em meio às "lacunas" na parte civil do aeroporto da capital. De acordo com o Pentágono, atualmente há 2.500 militares americanos no aeroporto e outros 500 chegarão nas próximas horas.

"Prevemos que nas próximas horas seremos capazes de restaurar as operações aéreas no aeroporto", disse Kirby aos repórteres.

O porta-voz disse que as autoridades dos EUA não querem que mais ninguém seja ferido no caos ocorrido no aeroporto, onde centenas de pessoas tentaram fugir do Afeganistão ao tentarem embarcar em um avião que estava prestes a decolar.

Kirby confirmou que houve dois incidentes no aeroporto nos quais as forças americanas tiveram de abrir fogo diante de "ameaças hostis" e mataram dois agressores.

Segundo o porta-voz, relatórios preliminares indicam que um soldado americano pode ter sido ferido em meio ao caos no terminal aéreo, mas a informação ainda não foi confirmada.

Com a deterioração da situação no Afeganistão, o chefe do Comando Central das Forças Armadas dos EUA (CENTCOM), general Kenneth McKenzie se reuniu com líderes talibãs em Doha, no Catar, na segunda-feira para discutir a situação no país centro-asiático.

O portal "Politico" relatou que durante as conversas foram abordadas as operações no país e a forma de desescalar a situação de conflito.

Kirby explicou que o general "foi muito claro e firme" nas conversas com os líderes talibãs, aos quais advertiu que qualquer ataque aos americanos "será recebido com uma resposta muito rápida e forte".


R7

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