Bomba! Inquérito confirma invasão dos sistemas do TSE e Paraíba foi porta de entrada


O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, expôs nas redes sociais o teor de um inquérito instaurado pela Polícia Federal e que corre em segredo de justiça cujo teor confirma que houve invasão dos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral. Com um detalhe: a Paraíba foi uma das portas de entrada do ataque.

A investigação foi aberta por solicitação da então presidente do TSE, Rosa Weber, após uma reportagem do portal TecMundo revelar informações de um hacker que afirmava, com provas, que conseguiu invadir os sistemas da Justiça Eleitoral durante alguns meses de 2018, anos das eleições gerais.

O acesso se estendeu desde abril até novembro daquele ano, ou seja, do período anterior até posterior ao pleito, quando foram eleitos o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais. 

O relato indica também que o hacker teve acesso à senha do ministro Sérgio Banhos e também de algum funcionário do TSE ligado ao secretário de tecnologia da informações do tribunal, Giuseppe Janino, este apontado como "pai da urna eletrônica" e, recentemente, deixou a função - o que, para Bolsonaro, seria um fato suspeito, sobretudo porque o técnico assumiu o cargo de assessor do atual presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso - este que tem se colocado em claro embate com o presidente da República e o voto impresso.

O documento veio a público através do deputado federal Filipe Barros (PSL/PR), relator da PEC do Voto Impresso, que durante participação em um programa da Jovem Pan de São Paulo na noite desta quarta-feira detalhou os principais pontos da investigação, com destaque para a confirmação, pelo próprio TSE, de que o sistema foi realmente invadido, conforme pode ser visto nos ofícios enviados pelos altos técnicos do tribunal à Polícia Federal. 

Os documentos do inquérito da Polícia Federal apontam que os sistemas do TSE foram invadidos a partir do Tribunal Regional de Pernambuco e, para isso, o hacker usou um acesso a partir de uma conexão disponibilizada pelo TRE da Paraíba para uma empresa terceirizada que presta serviço de manutenção nas centrais telefônicas do TRE/PB.

A invasão só cessou após o próprio hacker relatar o caso ao portal TecMundo. Outro ponto que chamou a atenção foi que, ao responder solicitação da Polícia Federal a respeito da invasão, o setor técnico do TSE informou que os arquivos armazenados foram apagados durante uma manutenção, porque a empresa responsável não teve “o devido cuidado de não prejudicar os logs armazenados”.


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