Vacinação avança e 15 estados têm mortes abaixo da média nacional


Maranhão e Bahia apresentam os menores índices de mortalidade. Em nove unidades federativas, as contaminações estão abaixo da média nacional

Prestes a completar sete meses, a vacinação contra a Covid-19 avança e já mostra resultados na redução no número de casos e mortes pela enfermidade.

A mortalidade por causa do coronavírus está abaixo da média nacional em 15 estados. O índice do país é de 269,8 óbitos a cada grupo de 100 mil pessoas.

Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Sergipe, Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá, Pará, Tocantins e Santa Catarina estão com a mortalidade em baixa.

Os dados fazem parte de um levantamento do Metrópoles, com base em informações divulgadas pela plataforma Coronavírus Brasil, canal de prestação de conta do Ministério da Saúde.

Algumas unidades da Federação apresentam média de mortes muito abaixo da taxa nacional. É o caso do Maranhão e da Bahia. Os maranhenses têm 138,5 falecimentos a cada grupo de 100 mil pessoas. Já os baianos, 175,3. São os menores índices do país.

No cenário nacional, o Nordeste se destaca. Lá, os noves estados da região apresentam taxa de morte abaixo da média do Brasil. A região tem 199,4 óbitos a cada grupo de 100 mil pessoas.

Na contramão, o Centro-Oeste registra a maior mortalidade por região, com 327,5 mortes a cada 100 mil habitantes. Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm índices superiores ao nacional.

Casos

A incidência de casos também está desacelerando. Ao todo, nove estados estão com a média de adoecimento menor do que a registrada nacionalmente.

Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Piauí, Maranhão e Pará são as unidades da Federação com os índices mais baixos de contaminação por Covid-19.

Atualmente, a média de incidência da doença é de 9.652,8 casos a cada grupo de 100 mil pessoas. Os dados levam em consideração informações divulgadas até a última sexta-feira (13/8).

O Ministério da Saúde já distribuiu 197,1 milhões de doses. Ao todo, 160 milhões de unidades de imunizantes já foram aplicadas – entre primeira, segunda e dose única, no caso da vacina da Janssen.

Desde o início da pandemia, o país registrou 20,3 milhões de casos de Covid-19 e 567 mil óbitos por complicações da doença.

Vacinação

O médico Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, é categórico ao afirmar que esses resultados são fruto da vacinação. “Não há dúvidas”, destaca.

Para Urbano, é essencial as pessoas se imunizarem e continuar mantendo medidas de prevenção, como uso de máscara e distanciamento social.

Um dos exemplos da importância do protocolo é a recente morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos. Ele estava imunizado com as duas doses da vacina, contraiu a Covid-19 e morreu na última semana.

“São casos inesperados, mas que reforçam a necessidade das medidas restritivas”, ressalta o médico ao reafirmar que as vacinas são seguras e eficazes.

Variantes

O infectologista Dalcy Albuquerque, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), salienta que as medidas de proteção ainda são importantes por causa das variantes.

“Além das vacinas não serem uma garantia absoluta, existe as novas variantes. Temos que manter as medidas preventivas”, enfatiza o especialista.

O médico comemora os resultados na redução de casos e mortes. “Com certeza, é efeito da imunização, especialmente nos grupos de maior risco, que já têm a imunização completa”, frisa.



Metrópoles

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