Bolsonaristas massacram oposicionistas em número de manifestantes

 

A ideia dos organizadores das manifestações em favor do governo era dar uma demonstração de força num momento de fragilidade. Se apenas os números de Brasília forem levados em consideração, a estratégia foi bem-sucedida. As estimativas, como sempre, variam conforme o observador, mas o fato é que desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, um ato político não reunia tanta gente na capital. A Polícia Militar não divulgou estimativas oficiais. Segundo o tenente-coronel Souza Júnior, que comandou as operações, 400.000 pessoas compareceram na manhã desta terça-feira na Esplanada dos Ministérios.

Para se contrapor aos bolsonaristas, a oposição convocou um ato para o mesmo horário, numa praça que fica a cerca de 2 quilômetros da Esplanada. Se o objetivo era rivalizar em número, foi um fracasso. Não mais de 400 pessoas haviam comparecido ao ato, que contou com o apoio do PT, do PSOL, da CUT, do MST e do PCO. Os poucos manifestantes que apareceram até o início da tarde se limitaram a defender a bandeira contra a privatização, animar os presentes com uma batucada e proferir gritos de “Bolsonaro genocida”.

Ao final das manifestações, os dois grupos voltaram a se estranhar na altura da Torre de TV. Bolsonaristas bradavam “Lula ladrão, seu lugar é na prisão!” e “mito” com o auxílio de estridentes cornetas, enquanto os esquerdistas retribuíam com gritos de “milicianos” e “fascistas”. Um grupo de 20 PMs logo se deslocou para formar um cordão humano entre os grupos, impedindo que as agressões verbais evoluíssem para a violência física.


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