Gabriel Araújo brilhou mais uma vez em Tóquio. O nadador de 19 anos, que compete na classe S2 (atletas com braços, pernas ou tronco limitados), conquistou sua terceira medalha na Paralimpíada, a segunda de ouro, ao dominar a prova dos 50m costas e chegar em primeiro com grande vantagem para os demais competidores. Com o pódio dourado, ele ajuda o Brasil a se aproximar do recorde das 21 medalhas de ouro sonseguidas em Londres, em 2012.
Gabriel assumiu a dianteira logo na saída da disputa. Com uma fase submersa muito boa, o brasileiro se colocou à frente, e apenas aumentou a distância para os demais, fechando com o tempo de 53s96. A prata ficou com o chileno Alberto Abarza, que anotou 57s76. O bronze foi para o russo Vladimir Danilenko, com 59s47.
"A prova de 50m é uma prova rápida, então tem de aproveitar, e não pode cometer erros, porque não dá para recuperar depois. E deu certo, eu consegui", afirmou Gabriel. Anteriormente, o atleta já havia levado o ouro nos 200m livre e a prata nos 100m costas. A natação brasileira está fazendo uma excelente Paralimpíada, com a conquista de oito medalhas de ouro, cinco de prata e nove de bronze até agora.
Gabriel é natural de Santa Luzia-MG. Ele nasceu com folicomia, condição que causa o encurtamento dos braços e pernas. Ingressou no esporte ainda na escola, por iniciativa de um professor, que o inscreveu numa competição sem que os pais dele soubessem. Aos 17 anos, conquistou duas medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima em 2019. Agora, Daniel é uma aposta do Brasil para os próximos ciclos paralímpicos, de Paris-2024 e Los Angeles-2028.
Estadão
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