A China relatou mais de 13.000 casos de Covid-19 em apenas um dia, neste domingo (3), o número mais alto desde o pico da primeira onda de contaminações, há dois anos. As autoridades do país anunciaram a descoberta de uma possível nova subvariante ômicron na área de Xangai.
A estratégia "Covid zero" da China permitiu que o país registasse poucos casos da doença, até março deste ano. Porém, esta política draconiana, que visa evitar novos casos através de medidas de restrição e testes massivos, além do isolamento sistemático de pacientes e o fechamento virtual de fronteiras, está sendo questionada, à medida que a ômicron se espalha pelo país.
O número total de 13.146 novos pacientes, em 24 horas, mostra que o coronavírus se propaga pelo país, de acordo com a Comissão Nacional da Saúde (CNS). "São 1.455 pacientes com sintomas, 11.691 casos assintomáticos e nenhuma morte relatada", afirmou a CNS em um comunicado.
Xangai confinada
Em um esforço para conter a propagação da Covid-19, quase todos os 25 milhões de habitantes de Xangai, a capital econômica da China, estão confinados desde sábado (2). Nos últimos dias, a cidade se tornou o epicentro de uma nova onda de contaminações ligada à variante ômicron.
As restrições em Xangai ameaçam afetar a cadeia de abastecimento mundial. O grupo naval Maersk afirmou, na sexta-feira (1°), que alguns depósitos da cidade permanecem fechados e os serviços de transporte rodoviário podem ser afetados pelo confinamento.
A China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez em 2019, é um dos últimos países que mantém a política de "Covid zero", com medidas restritivas severas para erradicar o menor foco da doença.
Cerca de 86% da população chinesa está vacinada contra a Covid-19, mas as vacinas utilizadas no país têm eficácia limitada contra a variante. Pequim alega que, até hoje, menos de 5 mil pessoas morreram de Covid-19 no país, mas os dados não podem ser confirmados.
(Com informações da AFP)
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