A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão contra o ex-assessor de Domingos Brazão, Robson Calixto da Fonseca, e o policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como Major Ronald, que seria ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio, por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018. Os mandados foram pedidos pela Procuradoria-Geral da República. Robson Calixto foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, e já está na sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio. O Major Ronald já cumpria pena em prisão federal. As informações são da TV Globo.
A PGR protocolou no Supremo Tribunal Federal uma denúncia contra os três suspeitos que estão presos desde o fim de março por supostamente mandar matar a Marielle Franco – os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Nesse documento foram incluídos outros dois nomes: o assessor Robson, denunciado por organização criminosa, e Ronald, denunciado pelo homicídio de Marielle.
Depois de um mês e meio de análise da investigação da Polícia Federal, a PGR concluiu que os irmãos Brazão e Barbosa devem ser processados e condenados pelo assassinato de Marielle e Anderson Gomes.
O documento foi entregue no fim da tarde de terça-feira ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. A Procuradoria denunciou os irmãos Brazão como mandantes do homicídio e por integrar uma organização criminosa. Já o delegado civil foi denunciado como mandante também do homicídio.
De acordo com a denúncia, a delação do matador-confesso, Ronnie Lessa, fez sentido para implicar os irmãos Brazão no mando da morte da Marielle e Anderson.
A PGR entendeu que pelas informações levantadas até agora, Lessa se encontrou com os Brazão e recebeu dos irmãos a promessa de pagamento pelo assassinato da vereadora.
A denúncia da PGR considera provas decorrentes de dados de movimentação de veículos, monitoramento de telefones, triangulação de sinais de telefonia, além de oitivas de dezenas de testemunhas.
Segundo a Procuradoria Geral da República, toda a análise investigativa documental, mais o histórico político dos irmãos Brazão, dão confiança para a acusação criminal contra os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo.
Em nota, a defesa de Rivaldo Barbosa disse que causou estranheza o fato de nenhum dos investigados terem sido ouvidos antes da denúncia da PGR. Os advogados afirmaram ainda que protocolaram ontem um pedido de revogação da prisão preventiva do Rivaldo Barbosa, e que até então não existia informação nos autos sobre o protocolo de nenhuma peça da PGR.
CBN
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