Por Ronaldo Cunha Lima Filho
Aconteceu com o advogado, Ronaldo Cunha Lima e com o brilhante promotor de justiça, Agnelo Amorim, amigos do direito e da noite de Campina Grande.
Com frequência ambos participavam de juris na cidade. Ronaldo na defesa e Agnelo na acusação. Quem teve a sorte de assistir à atuação de ambos, testemunhou momentos onde a esgrima conduzida pela genialidade de cada um, ofuscava o resto do julgamento.
Os amigos, boêmios, gostavam de um bom whisky.
Com mais um júri marcado pra 30 dias à frente, (um caso de legítima defesa putativa), resolveram combinar que ao invés de água eles colocariam whisky nos copos à sua frente.
O precioso líquido foi colocado em garrafas escuras, de modo a não revelar sua verdadeira identidade . O júri transcorria na mais absoluta normalidade.
Os tribunos, cada um a seu tempo, com suas oratórias privilegiadas, encantavam os presentes.
Enquanto Agnelo fazia sua sustentação, muito lentamente, sorrateiramente, se dirigiu à bancada onde estava o amigo, Ronaldo e diante de si seu “copo d’água”. Agnelo, como quem não queria nada e sem que Ronaldo se apercebesse pegou o copo da falsa água e o levou a boca, dando um gole volumoso. Ato contínuo deu um estrondoso grito que assustou o tribunal e acordou quem tava dormindo: é whisk!!!É whisk! É whisk, que ato contínuo foi cuspido no chão. A essa altura todos já haviam percebido a travessura patrocinada por Agnelo e foi impossível não caírem às gargalhadas.
O juíz, já recomposto, tentando recuperar o controle da situação, determinou: “servente, por favor limpe imediatamente esse whisk no chão, opa, whisk não, essa água, pra evitar que alguém leve uma queda , principalmente os advogados que pelo jeito já beberam água demais.
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