Por Ronaldo Cunha Lima Filho
O país tá dividido ao meio. Rachado! Disso ninguém duvida.
Uma banda liderada pelo presidente Lula, outra pelo ex, Bolsonaro.
Ambos negacionistas; um negou a vacina salvadora, o outro nega a escancarada ditadura do país vizinho, a Venezuela, bem como os assombrosos números da operação lava jato. Ambos promovem a desinformação em escala estratosférica. Lula cometeu alguma infração sob a ótica do ministro Alexandre de Moraes ao acariciar a ditadura de Maduro? Negar a indisfarçável ditadura não é desinformação?
Não se viu reprimenda alguma.
Sob o governo petista as instituições pendem para o seu lado, nada mais natural. Esse é o bônus da vitória. Já para o ideário Bolsonarista, derrotado nas eleições, resta estrebuchar. Esse é o ônus da derrota. A corrente vencedora comete o erro de colocar na conta exclusiva de Bolsonaro, o movimento da direita conservadora no Brasil. Esta vai sobreviver a despeito do líder. Ser de direita não é um defeito, é um modo de pensar. As extremas, seja de que lado for, merecem um olhar mais cuidadoso. Há perigo no radicalismo. Uma sociedade com múltiplas ideologias é uma sociedade saudável. A diversidade faz bem. O sectarismo é perigoso .
O erro imperdoável de muitos bolsonearistas ( não todos ) foi defender um golpe de estado. Estragaram tudo! Condenando a vacina e defendendo o golpe, Bolsonaro perdeu o eleitor que teria lhe dado a vitória. Apesar de fortes turbulências o Brasil vive na normalidade democrática. Com exceção aqui acolá de certas decisões do ministro Alexandre de Moraes, sob o beneplácito do próprio STF, é importante que se diga isso.
O bloqueio do X foi um erro. Defendo a liberdade de expressão plena, sem amarras ou condicionantes, nos limites da lei, claro! Penso que todo mundo tem o sagrado direito de dizer o que bem quer e que responda judicialmente se algum excesso ou crime cometer. Aprecio o modelo americano, a maior democracia do planeta.
Há que se registrar o bom desempenho da nossa economia. Os últimos números do Pib surpreenderam, o país tá crescendo, falta muito ainda, mas pelo menos os vagões estão nos trilhos. Uma economia saudável faz a sociedade esquecer outros problemas essências, como uma educação de qualidade, um sistema de saúde eficiente e uma segurança publica operosa. Afinal o mais sensível dos órgãos é o bolso. Pane e circense bastam.
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