Operação Marasmo 2: "acelerando a eficiência na gestão pública"


A segunda fase da "Operação Marasmo" veio para nos lembrar que, às vezes, até a calmaria esconde grandes feitos de uma gestão. O nome, claro, é pura ironia, já que o ritmo das ações públicas envolvidas neste caso parece estar longe de qualquer marasmo. A operação revela uma eficiência tão "ágil" que até mesmo as formalidades, como licitações, podem ser deixadas de lado quando a necessidade de agir rápido é "imperativa".

O esquema da vez? Nada mais, nada menos do que a compra de alimentos para um hospital estadual em Campina Grande. Um ato de "generosidade administrativa", sem dúvida, já que até o suposto superfaturamento pode ser interpretado como uma tentativa bem-intencionada de "alimentar" não só os pacientes, mas também alguns outros interesses. E convenhamos, quem tem paciência para os entraves burocráticos quando o que está em jogo é garantir um prato cheio – seja lá para quem for?

Contratos com dispensa de licitação em torno de R$ 8,7 milhões, supostamente desviados, certamente não passou despercebida da Polícia Federal que segue sua função mister de garantir o cumprimento da lei. Porém, vista sob a ótica de uma gestão "moderna", talvez essa quantia fosse um reflexo do empenho em garantir que os recursos fluíssem com a máxima rapidez, mesmo que por caminhos tortuosos. Uma licitação convencional para esse montante? Ah, isso poderia ser um "desperdício de tempo". 

Agora, com a Polícia Federal mais uma vez entrando em cena, resta aos envolvidos uma oportunidade única de "revisar" suas práticas de planejamento. Entre licitações dispensadas e valores que circulam (para direções inusitadas), a sensação é de que a máquina pública nunca esteve tão ativa.

Enquanto isso, o cidadão paraibano pode se sentir "seguro", sabendo que as operações não param, seja na saúde, seja em qualquer outra área onde a criatividade na gestão pública segue dando seus saltos. Afinal, quem precisa de um sistema transparente quando se tem uma boa operação da PF para movimentar as coisas?

Relembre o fato:


Por Simone Duarte

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