Por que Cícero tem tanto medo de um segundo turno com Ruy?


A eleição de 2024 não começou no dia 15 de agosto.

A data até foi o ponto oficial de partida, determinado pelo TSE com o início da campanha de rua dos candidatos. 

Porém, essa história começa lá em 2022, com o resultado das eleições para governador em João Pessoa e em toda a Região Metropolitana.

Mesmo com a força brutal de duas máquinas, Estado e Prefeitura, João Pessoa deu um claro recado que o sentimento era de mudança. Pedro Cunha Lima venceu o governador João Azevedo com mais de 60% dos votos na capital paraibana.

Naquele palanque, também estavam o senador Veneziano Vital do Rêgo e o então deputado federal Efraim Filho, que lutando contra a força das máquinas conseguiu se eleger senador. 

Ruy Carneiro também estava lá. Teve uma votação expressiva para ser reconduzido à Câmara Federal.

A força do grupo e a fragilidade do Governo do Estado e da Prefeitura de João Pessoa passaram a assombrar a reeleição de Cícero desde então. 

Mas não foi apenas isso. A desconexão com os problemas da cidade tornou esse solo ainda mais arenoso para o tal Caboclinho. 

Se já não bastassem tantos problemas, em pleno ano eleitoral a imagem de Cícero foi devastada por duas operações da Polícia Federal.

A própria filha do prefeito, que também é secretária executiva de saúde da capital, foi alvo de mandados de busca e apreensão, em maio deste ano, por ter atendido ligações do pb1 e que, segundo Cícero Lucena, ela atendeu por ser uma pessoa publica.

Segundo a operação da PF, esse grupo criminoso indicava cargos em diversas secretarias municipais 

Diante de tal cenário, Ruy foi se fortalecendo como a principal voz da oposição.

Além de subir o tom em relação as denúncias e cobranças, a relação com a cidade e os serviços prestados na saúde e junto a entidades sociais, elevaram o deputado para a posição de principal concorrente.

Isso tem ficado mais claro nas movimentações de Cícero, de aliados e até de assessores.

As armas utilizadas nos ataques contra Ruy reforçam a ideia de que ele tem incomodado bastante os bastidores da tal Onda Azul.

Quem acompanha política há muito tempo sabe que alguém com uma “liderança tão folgada”, como as pesquisas apontam, não desperdiçaria tanta energia para atacar um concorrente que na teoria está tão longe em termos percentuais. 

Além dos artifícios jurídicos, o desespero, a agressividade e as fake news propagadas diariamente por apoiadores nas plataformas digitais, também revelam que o cenário real parece ser muito diferente do que tem sido vendido na mídia.

Dia 6 se aproxima. E ai, finalmente, o que hoje corre apenas nos bastidores, provavelmente será descortinado diante de toda a população de João Pessoa, após a abertura das urnas.



Assessoria de Ruy Carneiro

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