Segurança para quem? A distância entre a decisão do TRE e a realidade em algumas comunidades da Capital

A decisão da presidente do TRE-PB, desembargadora Agamenilde Dias, de não pedir tropas federais para as eleições em João Pessoa, apesar das operações da Polícia Federal, causou indignação entre moradores da cidade. As reações vão desde críticas à falta de segurança até questionamentos sobre o privilégio de quem toma essas decisões.

Muita gente está preocupada com a segurança no dia da eleição. "Infelizmente, o nosso aparato policial é pequeno demais para a população de João Pessoa e da Paraíba", disse um morador, refletindo o sentimento de que as forças de segurança locais não dariam conta de garantir tranquilidade durante o pleito. 

Outros apontaram o distanciamento das autoridades: "A Dra. consegue ir sem segurança em alguma comunidade de João Pessoa? Acho muito difícil", questionou um cidadão, dando voz a muitos que se sentem desamparados.


A revolta aumenta quando se fala sobre o contraste entre a vida de quem toma essas decisões e a realidade de quem vive nas áreas mais vulneráveis da cidade. "Gosto de ver o pessoal batendo palmas pra alguém que negou mais segurança, sendo que só anda com seguranças, enquanto a cidade tá cheia de bandidagem", desabafou um morador. 


Outra crítica comum é que figuras públicas vivem em bolhas de proteção e, por isso, parecem alheias às preocupações do resto da população. "Narrativa? Esse povo mora em condomínio de luxo com segurança armada", ironizou outro.

    


A percepção de abandono é forte. "Ela não anda nas comunidades", afirmam, destacando que quem vive nas áreas mais perigosas se sente ainda mais exposto sem o reforço de tropas federais. Para essas pessoas, a negativa de trazer mais segurança parece uma decisão distante, tomada por quem não sente na pele o dia a dia de quem vive com medo da violência.

No fim das contas, a questão vai além das "narrativas políticas". O que está em jogo é a confiança da população em um processo eleitoral que precisa ser seguro para todos, especialmente para aqueles que se sentem mais vulneráveis. A verdade institucional é importante, como bem frisou a desembargadora, mas a realidade de quem vive em algumas comunidades de João Pessoa precisa ser levada em consideração.


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