Campina Grande, a terra de inovadores, grandes
empreendedores e... Bolinha. Ah, sim, o querido Bolinha, aquele que com sua
capacidade inata de... copiar, nos relembra constantemente que a frase
"Nada se cria, tudo se copia" não existe à toa. E a cada nova
postagem da sua equipe de marketing nas suas redes sociais, uma pitada de
originalidade alheia nos brinda com algo já visto, só que agora com um toque de
desespero por relevância.
Se Marçal em São Paulo chama atenção com sua campanha
"metafísica", fazendo esquerdistas correrem como o diabo corre da
Cruz, o que vemos aqui é o Bolinha, ainda, tentando encontrar sua identidade na
sombra de ideias que parecem ter sido pescadas do fundo de algum meme perdido
no WhatsApp ou tentando emplacar e se revestir de uma Marçal campinense.
Senão, vejamos.
Recentemente, a campanha de Bolinha deu o que falar (ou o que rir) por uma cópia a um suposto gesto supremacista, que até levou o Psol a ajuizar uma ação contra o candidato do Novo. O gesto usado pelos skinheads para indicar as iniciais de white power, ou supremacia branca, é tradicionalmente usado no Brasil como símbolo de “ok”.
Esse mesmo símbolo,
bolinha usou acompanhado de um fundo sonoro de um assobio para indicar o número
do seu partido 30, fazendo alusão a um OK para a sua candidatura. No entanto, ao
invés disso, foram muitos os significados, inclusive em um dos comentários
apareceu até quem perguntasse se ele havia mudado o nome de bolinha para
boiguinha.
Símbolo do OK representando o número do partido de Bolinha |
Mais uma montagem tosca copiada de uma cena entre Maçal e Boulos |
Para a cópia e o ridículo não ficar apenas em uma única
postagem, recentemente, bolinha postou a montagem de uma fotografia de um
casal, olhando para trás vendo outra pessoa passando e o homem representado por
Bruno Cunha Lima (seu opositor) de mãos dadas com sua parceira (representada
por Veneziano), olhava para trás, como se para um ex-amor, desta vez
representado pelo ex-presidente Bolsonaro.
Esse tipo de postagem que se pretende ser engraçada (mas
falha miseravelmente), Bolinha tenta brincar com as alianças de Bruno Cunha
Lima, fazendo uma montagem tosca com o prefeito segurando dois
"amores": Veneziano Vital e o ex-presidente Bolsonaro (opositores
políticos). Ah, a criatividade da turma de Bolinha é comparável apenas a uma
piada de tio do pavê no Natal.
A cereja do bolo? O comentário espirituoso do próprio
Veneziano (vide imagem abaixo): "Saudações alvinegras 🐔✔️ #BoraSubirGalo".
Traduzindo para os meros mortais: "Amigo, vá procurar o que fazer!
#BoraSubirGalo". Não que a campanha esteja subindo como o Galo, mas a
gente finge que sim.
Mas ei, não vamos ser injustos. Bolinha não odiaria ninguém
que pudesse contribuir para o desenvolvimento de Campina Grande, certo? Ou ele abriria
mão de qualquer ajuda que venha do atual governo federal? Talvez, só talvez, a
ideia de governar implique saber fazer alianças além das postagens de WhatsApp.
Mas vamos falar sério (ou não). Bolinha já foi um entusiasta defensor de Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba. Sim, o homem que representava a esquerda raiz, mas parece que isso é coisa do passado. Afinal, quem nunca mudou de ideia, certo? O problema é que, enquanto Bolinha tenta se posicionar como a grande alternativa de direita em Campina, a memória política tem uma mania irritante de reaparecer. E não ajuda muito que, em outras eleições, ele tenha enaltecido o mesmo Bruno que agora tenta ridicularizar.
Em mais uma postagem, Bolinha insinua que o prefeito Bruno Cunha Lima representa a esquerda, enquanto ele se coloca à direita. No entanto, a aliança transcende a ideologia, levando em conta os desafios de uma cidade com mais de 400 mil habitantes que precisa crescer e progredir. Nesse sentido, a parceria entre um prefeito e um senador nunca foi tão benéfica para Campina Grande como a atual colaboração entre Bruno Cunha Lima e Veneziano Vital do Rêgo.
Ainda assim, a crítica de Bolinha a Bruno sobre a aliança com Veneziano parece sem fundamento, especialmente considerando que o próprio Bolinha já esteve ao lado de Veneziano – o que não é motivo de demérito, vale ressaltar. Ele pode aprender essa lição no próximo dia 6 de outubro, nas urnas. Veja abaixo imagem de outrora.
O que Bolinha estaria fazendo ao lado de Veneziano?! |
A campanha de Bolinha está mais para um stand-up mal ensaiado do que uma disputa eleitoral séria. Entre memes sem graça e hashtags, resta-nos perguntar: onde estão as propostas, Bolinha? Será que, entre uma piada e outra, veremos algo concreto, ou continuaremos apenas observando a tentativa desajeitada de ser o Marçal de Campina Grande? Talvez no próximo meme, quem sabe!
Por Simone Duarte
0 Comentários