Dotô, você não vai me calar!

Matéria objeto de um dos processos do dotô

Sou Simone Duarte, jornalista de Campina Grande, e nas últimas semanas tenho sido alvo de uma série de processos judiciais orquestrados pelo candidato apadrinhado do governador. A cada nova matéria publicada em meu blog, mais um processo é movido contra mim, numa tentativa clara de intimidação. O objetivo é me calar, mas faço questão de dizer: 

"Dotô, você não vai me calar!

Meu trabalho é fundamentado em documentos oficiais, muitos deles provenientes do Ministério Público. Escrevo com base em fatos, em investigações, e, por vezes, nem sequer menciono o nome desse candidato que tanto se incomoda com as verdades que trago à tona. O que me pergunto é: por que o incômodo? Por que alguém que se considera tão intocável se vê ameaçado por uma jornalista que apenas revela o que está diante de todos?

"Dotô, você não vai me calar!

O que vejo aqui é uma tentativa desesperada de silenciar quem não quem não faz parte da trupe que age para perpetuar o poder de seu mentor político. Estamos nos aproximando do segundo turno das eleições deste ano, e o cenário é claro: eles querem a todo custo expandir esse poder, mesmo que isso signifique pisotear a liberdade de imprensa e intimidar aqueles que ousam falar a verdade.

"Dotô, você não vai me calar!

Esses processos não são apenas uma afronta ao meu trabalho, mas uma tentativa de minar a liberdade de expressão de todos os jornalistas. Como profissional da comunicação, meu dever é informar a população, trazer à luz o que muitos preferem manter nas sombras. E, ao contrário do que esperam, cada tentativa de me silenciar só reforça a minha convicção de que estou no caminho certo.

"Dotô, você não vai me calar!

Tenho que reconhecer e parabenizar a Justiça Eleitoral, que já demonstrou compreender o que está em jogo aqui. Em decisões anteriores e atuais, ela reafirmou e reafirma o princípio democrático da liberdade de expressão, garantindo que o direito à informação prevaleça. Mas, mesmo com essas vitórias, o candidato apadrinhado e seu séquito continuam a me processar, na esperança de que, por cansaço ou desgaste, eu desista. Mas repito: 

"Dotô, você não vai me calar!

Cada novo processo que recebo é mais uma prova de que estou tocando em pontos sensíveis. E isso me dá forças para seguir adiante, sabendo que minha missão é maior do que as intimidações que tenho enfrentado. A imprensa livre é fundamental para a democracia, e o que estamos vendo é uma tentativa de controlar não apenas o poder político, mas também a narrativa sobre o que acontece nos bastidores.

"Dotô, você não vai me calar!

O objeto combatido, na verdade, foi uma notícia veiculada em um site e posteriormente compartilhada por mim, destacando os pontos críticos do cenário político local. Em vez de refutarem o conteúdo com argumentos ou provas contrárias, preferiram transformar o Judiciário em uma arma de silenciamento. Não posso deixar de notar que essa tática de usar o judiciário como ferramenta política é uma afronta à democracia. Processos como esses não são apenas uma estratégia contra mim, mas um recado para todos os jornalistas que insistem em não se curvar às pressões políticas. Eles querem que a imprensa seja subserviente, mas deixo claro: não será.

"Dotô, você não vai me calar!

A sociedade precisa estar atenta ao que está acontecendo. O que começou como uma série de reportagens críticas se transformou numa batalha pela liberdade de imprensa. Hoje sou eu quem está no alvo, mas amanhã pode ser qualquer outro jornalista que se recuse a aceitar o silêncio imposto.

"Dotô, você não vai me calar!

A cada novo processo, reforço o meu compromisso com a verdade. Eu não me calo. E enquanto houver uma voz disposta a falar a verdade, a liberdade de imprensa ainda terá sua força.

"Dotô, você não vai me calar!”


Por Simone Duarte

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