A “lista suja” do trabalho escravo no Brasil, divulgada pelo Governo Federal, através do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem pelo menos, 9 nomes da Paraíba. A lista inclui empregadores envolvidos em casos de exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Na Paraíba, os 9 nomes foram inseridos a partir de 5 de outubro deste ano, são proprietários de pedreiras da zona rural de Campina Grande. O total de trabalhadores resgatados ou identificados em condições precárias no estado é de 47 pessoas.
Um dos nomes que chama atenção é o de Cícero Rodrigues da Silva, conhecido como Cícero Buchada, ex-vereador de Campina Grande, eleito em 2012 pelo PTN. Ele concorreu à vereança novamente em 2016, desta vez pelo PHS, e, em 2024, pelo Podemos, mas renunciou à candidatura alegando problemas pessoais. O político foi responsável pela Pedreira do Sítio Gravatinho, localizada também na zona rural de Campina Grande, onde cinco trabalhadores foram vistos em situação de trabalho degradante.
Cantor Leonardo – Em nível de Brasil, o nome do cantor Leonardo foi incluído, na “lista suja” do governo federal de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Emival Eterno da Costa, o nome civil do artista, é relacionado com uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego que, em novembro de 2023, resgatou seis pessoas em situação considerada degradante na fazenda Talismã, no município de Jussara, no interior de Goiás.
O cantor Leonardo negou envolvimento, e se disse surpreso com o seu nome incluído na “lista suja” de trabalho escravo.
Ele fez pronunciamento sobre o assunto em vídeo divulgado nas redes sociais.
“Confesso a vocês que eu estou surpreso e triste por meu nome estar sendo vinculado. Quero dizer para vocês que, em 2022, eu arrendei uma fazenda para um arrendatário e, nisso, surgiram alguns funcionários que eu não conheço… de repente, eu fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho. Foi lavrada uma multa”, disse ele em vídeo.
‘Lista suja’
A ‘lista suja’ do trabalho escravo é uma ferramenta utilizada pelo Governo Federal atualizada semestralmente com o objetivo de dar transparência às fiscalizações do governo de combate ao trabalho escravo.
Essas ações são executadas por auditores–fiscais do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que podem contar com a participação de integrantes da Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre outras forças policiais.
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