Mais um médico denuncia assédio eleitoral no Hospital de Trauma de Campina Grande e é afastado por não apoiar candidato do governador

Nesta quarta-feira, 16, o pediatra Dr. Pablo Nunes fez um desabafo contundente em suas redes sociais, denunciando a pressão política que vem sendo exercida sobre os profissionais de saúde do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Segundo o médico, sua recente demissão da unidade estaria diretamente ligada à sua recusa em ceder ao assédio eleitoral promovido pelo governo do Estado, que estaria pressionando os funcionários a apoiarem o candidato do governador João Azevedo na disputa pela prefeitura de Campina Grande.

Dr. Pablo, que atuou por anos na UTI Infantil Emergencial e em diversos outros setores do hospital, lamentou o encerramento de sua trajetória na instituição e revelou, em um texto emocionado, seu repúdio às práticas arbitrárias de assédio por motivação política. "Sei que minha demissão foi resultado de não ceder ao assédio eleitoral, e não por falta de competência ou dedicação", afirmou o médico, destacando sua dedicação incansável ao longo dos anos para salvar vidas e manter a qualidade do atendimento no hospital.

No relato, Dr. Pablo expôs como, ao longo de sua carreira, enfrentou sacrifícios pessoais, incluindo a distância da família em momentos importantes, para cumprir sua missão de cuidar dos pacientes. Ele também criticou duramente a ambição política que, segundo ele, tem guiado as decisões da gestão estadual. "Os homens sedentos por poder carregam um fardo imenso", escreveu, reforçando que o verdadeiro poder reside em servir e fazer o bem, não em coagir ou manipular os outros.

A denúncia do pediatra não foi a primeira a expor a grave situação de assédio eleitoral no Hospital de Trauma. Recentemente, o médico Dr. Gilney Porto, ex-diretor técnico da unidade e ex-Secretário de Saúde de Campina Grande, também usou as redes sociais para levantar preocupações sobre a pressão política que vem sendo exercida sobre os profissionais da saúde. Em um tom irônico, Dr. Gilney questionou se os funcionários teriam recebido uma "ligação misteriosa", insinuando que a gestão estadual estaria ameaçando os trabalhadores para que apoiassem o candidato do governo.

"Será que temos que defender o candidato socialista de iPhone que mora no Alphaville ou perderão o emprego?", provocou Dr. Gilney em seu post, aludindo à suposta ameaça de perda de emprego caso os funcionários não sigam as orientações políticas impostas pela gestão estadual. A postagem rapidamente gerou repercussão, levantando ainda mais dúvidas sobre a interferência política na unidade de saúde.

Confira o desabafo feito pelo médico em suas redes sociais

O espaço do blog está aberto para que o Hospital de Trauma de Campina Grande ou o Governo do Estado se posicionem sobre as denúncias.

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