A Paraíba ocupa a vergonhosa segunda posição entre os estados mais pobres do Brasil, com um PIB per capita de R$ 19.081,81 — um indicador que revela as limitações no desenvolvimento econômico e social da região. Essa realidade, no entanto, contrasta profundamente com a narrativa que o governador João Azevêdo tenta vender ao público, apresentando a Paraíba como uma espécie de "Dubai brasileira". Essa imagem fictícia, usada para alardear avanços e conquistas, ignora as deficiências estruturais que mantêm o estado atolado na pobreza.
Enquanto o governo exalta obras pontuais e ocasionalmente lança programas assistencialistas, a Paraíba real se vê sem o suporte necessário para um crescimento sustentável. Falta investimento em áreas fundamentais como educação de qualidade, saúde e infraestrutura, e os dados não mentem: as condições de vida da maioria dos paraibanos estão longe do retrato que o governador tenta pintar.
A disparidade entre a realidade e a ficção política é gritante. Enquanto João Azevêdo enfeita discursos, moradores do estado enfrentam dificuldades diárias com transporte público precário, baixo acesso a saneamento básico e uma taxa de desemprego elevada que impede que a população prospere. A narrativa de que a Paraíba avança a passos largos no desenvolvimento apenas perpetua uma imagem superficial que não beneficia a população.
Para mudar essa realidade, seria preciso ir além do marketing e de ter uma mídia aliada a um estado quase falido que aplaude obras pontuais, além de enfrentar os desafios estruturais que mantêm a Paraíba refém da pobreza. Não bastam obras e discursos; é urgente que o governo priorize uma agenda realista e eficaz de combate à desigualdade, com ações concretas que revertam a situação econômica e permitam uma verdadeira transformação na vida dos paraibanos.
De acordo com dados do IBGE referentes a 2021, os dez estados brasileiros com os menores PIBs per capita são:
Maranhão: R$ 17.471,85
Paraíba: R$ 19.081,81
Piauí: R$ 19.465,69
Ceará: R$ 21.090,10
Sergipe: R$ 22.177,45
Rio Grande do Norte: R$ 22.516,97
Alagoas: R$ 22.662,01
Pernambuco: R$ 22.823,59
Amapá: R$ 22.902,86
Bahia: R$ 23.530,94
Esses números refletem as disparidades econômicas entre as unidades federativas do país, destacando a necessidade de políticas públicas direcionadas para promover o desenvolvimento econômico e social nessas regiões
Em 2022, o IBGE divulgou que o PIB per capita do Brasil foi de R$ 47.802,02. No entanto, os dados detalhados por estado para 2022 ainda não foram publicados. Portanto, as informações mais atualizadas disponíveis por unidade federativa referem-se a 2021.
BlogdaSimoneDuarteAgência de Notícias IBGE
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