PF apresenta nesta quinta pedido de indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe e outros crimes, dizem fontes

Ex-presidente Jair Bolsonaro participa de evento
em Goiânia 04/04/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino
© Thomson Reuters

Por Ricardo Brito


BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal vai apresentar nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, disseram à Reuters duas fontes da corporação com conhecimento direto do caso.

O relatório final após quase dois anos de investigações, segundo uma das fontes, terá mais de 800 páginas e vai propor que o ex-presidente -- tido como peça-chave na trama golpista -- seja responsabilizado criminalmente por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Essa fonte destacou ainda que, além de Bolsonaro, importantes pessoas do primeiro escalão do governo dele serão responsabilizadas, como o companheiro de chapa na disputa presidencial de 2022 e ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno; o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira e mais 40 pessoas.

Procurada, o advogado Paulo Cunha Amador Bueno, principal representante da equipe de defesa de Bolsonaro, disse que vai aguardar o relatório para se manifestar. Não foi possível contactar de imediato os demais envolvidos ou seus representantes.

O relatório final após quase dois anos de investigações, segundo uma das fontes, terá mais de 800 páginas e vai propor que o ex-presidente -- tido como peça-chave na trama golpista -- seja responsabilizado criminalmente por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Essa fonte destacou ainda que, além de Bolsonaro, importantes pessoas do primeiro escalão do governo dele serão responsabilizadas, como o companheiro de chapa na disputa presidencial de 2022 e ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno; o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira e mais 40 pessoas.

Procurada, o advogado Paulo Cunha Amador Bueno, principal representante da equipe de defesa de Bolsonaro, disse que vai aguardar o relatório para se manifestar. Não foi possível contactar de imediato os demais envolvidos ou seus representantes.

Bolsonaro se tornou investigado pelo STF no caso da suposta tentativa de golpe, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), cinco dias após os ataques de 8 de janeiro de 2023 por bolsonaristas radicais às sedes dos Três Poderes, em Brasília, com o objetivo, segundo a PF, de derrubar o governo Lula.

Além da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro já foi indiciado pela PF em outros dois casos: a suspeita de fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19 e na investigação sobre apropriação indevida de joias recebidas como presente de Estado do governo saudita.




(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu)

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