"Governo da Paraíba é omisso no financiamento da saúde em Campina Grande", dispara Dunga Júnior


O secretário de Saúde de Campina Grande, Dunga Júnior, concedeu entrevista nesta quarta-feira (12) e abordou a omissão do Governo da Paraíba na contrapartida do financiamento da Saúde no município. Segundo ele, a gestão estadual não repassa recursos que seriam necessários para equilibrar o sistema de saúde, deixando Campina Grande sobrecarregada.

Dunga explicou que a Saúde é financiada por meio do modelo tripartite, onde os custos são divididos entre a União, os estados e os municípios. Entretanto, Campina Grande não recebe nenhuma participação do governo estadual para serviços essenciais, como a oncologia e o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), que atende gestantes de 174 municípios.

“Não recebemos nenhuma contrapartida do estado. Nem com o prefeito que antecedeu Romero Rodrigues, nem com o prefeito Bruno Cunha Lima. Nunca foi feito um convênio do estado com Campina Grande, minha gente. Isso é pura briga política”, afirmou o secretário.

Dunga Júnior destacou que a gestão municipal tem arcado com as despesas para manter a assistência à população e citou como exemplo o financiamento de procedimentos de saúde além do previsto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, em novembro, o município apresentou ao Ministério da Saúde um excesso de produção de R$ 36 milhões, resultante da alta demanda e da ausência de suporte do governo estadual. Após negociações, o governo federal garantiu um repasse de R$ 30 milhões para ajudar a cobrir esse déficit.

“O município de Campina Grande investiu em saúde, no ano de 2024, cerca de 29,73% do seu orçamento. O Governo Federal tem cumprido sua parte, mas o Governo do Estado, não. O SUS paga um número limitado de partos. O que ultrapassa essa cota fica por conta da Prefeitura de Campina Grande, quando deveria haver uma contrapartida do Estado, que é omisso e deve muito ao município”, ressaltou Dunga.

Dunga Júnior reforçou que tem buscado diálogo com o atual secretário estadual de Saúde, Ari Reis, e com autoridades federais para garantir mais recursos para Campina Grande. “Essa cobrança não começou agora. Sentamos com o secretário anterior, que chegou a prometer um convênio para obstetrícia e oncologia, mas nunca cumpriu. Agora, seguimos cobrando e esperamos que o Estado assuma suas responsabilidades”, finalizou o secretário.

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