Em abril de 2022, Daniella Ribeiro, com a sutileza de um furacão, assumiu o comando do PSD na Paraíba, tirando Romero Rodrigues do cargo sem nem sequer bater na porta. Romero, que até então era o dono do pedaço, foi pego de surpresa. Na época, chegou a negar sua destituição do comando do PSD por meio de um vídeo em suas redes sociais. Enquanto isso, a senadora anunciava como certa sua liderança à frente da sigla no Estado, o que de fato aconteceu.
Romero Rodrigues ficou como quem leva um banho de água fria no meio de um sonho tranquilo. A cena foi digna de um golpe de Estado em miniatura, com Daniella entrando pelos fundos e assumindo o trono sem muita cerimônia.
Mas, como diz o ditado, “o feitiço vira contra o feiticeiro”. Agora, em março de 2025 (há exatos dois anos do “golpe”), Daniella Ribeiro anuncia sua desfiliação do PSD, deixando o partido tão rapidamente quanto entrou.
O motivo? Discordâncias sobre uma possível fusão com o PSDB, partido de Pedro Cunha Lima.
Daniella, que não viu graça em alianças com os tucanos, decidiu que era hora de sair de cena. Nada mais, nada menos que Pedro Cunha Lima é o mais novo dirigente estadual do PSD, fato confirmado por seu pai, o ex-senador Cássio Cunha Lima.
É irônico, não? Daniella, que chegou ao poder com uma manobra de bastidores, agora deixa o partido da mesma forma: sem alarde, sem festa, apenas o silêncio de quem percebe que o jogo virou.
E Pedro Cunha Lima, que estava ali, esperando nos bastidores, agora se prepara para assumir o comando. A política paraibana segue seu curso, com os mesmos personagens trocando de lugar, mas sempre mantendo o espetáculo em pé.
É sempre bom lembrar que na política, o poder é tão transitório quanto a memória de um eleitor. Um dia você está no topo; no outro, está saindo pela porta dos fundos, enquanto outro alguém já está entrando.
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