Nos últimos dias, a saúde de Campina Grande tem sido alvo de uma narrativa coordenada para imputar responsabilidades ao prefeito Bruno Cunha Lima, sem sequer aguardar os desdobramentos das investigações que ele próprio solicitou ao Ministério Público. A tragédia que envolveu a paciente que perdeu seu bebê no Isea e faleceu 25 dias depois no Hospital Pedro I tem sido explorada sem qualquer compromisso com os fatos, servindo como combustível para uma campanha sistemática de ataque à atual gestão.
Curiosamente, vozes que hoje clamam por intervenção na saúde de Campina Grande mantiveram-se silentes quando denúncias gravíssimas recaíam sobre o governo do qual fizeram parte. Entre essas vozes, destacam-se ex-integrantes da gestão de Ricardo Coutinho, que agora atuam na imprensa e adotam um discurso seletivo, condenando a atual administração municipal enquanto ignoram os escândalos que marcaram a saúde pública na Paraíba nos últimos anos.
O TCE apontou irregularidades gravíssimas na gestão do ex-governador, incluindo a subexecução de recursos na saúde, que deveriam ter atingido no mínimo 12% do orçamento, mas que chegaram a apenas 9,46% em 2018. A Operação Calvário revelou um esquema que, segundo os agentes do Gaeco, desviou cerca de R$ 50 milhões, comprometendo a assistência médica da população. Tudo isso ocorreu sob as barbas de uma imprensa que, em sua maioria, preferiu calar-se ou amenizar os fatos. Mas hoje, esses mesmos setores, financiados pelo governo estadual, agem como os guardiões da moralidade pública, exigindo providências emergenciais contra o prefeito Bruno Cunha Lima
Quantas vidas foram perdidas nesse período e que não vieram à tona com a mesma veemência atual? Quantas famílias ficaram desamparadas porque um exame ou uma cirurgia essencial foi adiado indefinidamente? Quantas mais precisarão sofrer para que certos setores da imprensa finalmente se preocupem com a realidade, e não apenas com quem está no poder? Quando o gestor não é de sua preferência, a verdade se torna irrelevante, e narrativas artificiais são forjadas para alimentar um tribunal inquisitório nas redes sociais, impulsionado por uma mídia seletiva cujo único objetivo é destruir reputações.
A hipocrisia se torna ainda mais evidente quando se recorda das promessas feitas por Ricardo Coutinho durante sua gestão, incluindo a criação de uma maternidade em cada cidade da Paraíba. Essa promessa jamais saiu do papel, e seu sucessor e ex-supersecretário João Azevêdo, que hoje governa o estado, tampouco tomou qualquer medida para aliviar a sobrecarga do Isea, a principal maternidade da Paraíba, que atende gestantes de todo o estado. Enquanto profissionais trabalham em carga máxima, Campina Grande segue arcando sozinha com uma responsabilidade que deveria ser compartilhada com o governo estadual. No entanto, a mesma imprensa seletiva que hoje ataca o prefeito silencia diante dessa omissão histórica.
A pergunta que não quer calar é: por que aqueles que hoje exigem medidas radicais para Campina Grande não demonstraram a mesma indignação quando vieram à tona os escândalos da Operação Calvário, os pareceres contrários do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) sobre as contas de Ricardo Coutinho e as reiteradas denúncias de corrupção que desviaram milhões da saúde pública estadual?
Na coletiva concedida por Bruno Cunha Lima sobre o caso da paciente falecida, em nenhum momento ele afirmou que a família politizava o fato. O prefeito referiu-se diretamente a alguns agentes políticos e parte da mídia alinhada ao governo do estado, que insistentemente constrói narrativas distorcidas para assassinar reputações. Ainda assim, a cobertura enviesada de certos veículos tenta fazer parecer que Bruno Cunha Lima estaria tentando eximir responsabilidades. O que ele disse, de maneira clara e inequívoca, foi que o histórico pré-existente da paciente era um fator a ser considerado na investigação, sem afirmar que essa foi a causa única de seu falecimento. Mais do que isso: ele garantiu que, ao final da apuração, eventuais culpados serão responsabilizados.
O que se viu após essa coletiva foi uma inversão perversa da realidade. A fala do prefeito foi editada, manipulada e distorcida para que um tribunal paralelo das redes sociais e da mídia comprometida já emitisse um veredito. A seletividade escancarada de certos jornalistas demonstra que, para alguns, a verdade é um detalhe dispensável quando se trata de atingir adversários políticos.
O prefeito Bruno Cunha Lima também fez esclarecimentos sobre o caso envolvendo a servidora Daniele, que faleceu após complicações em sua gestação. Durante a coletiva, ele destacou sua solidariedade à família de Daniele, em especial ao seu marido Jorge, e expressou apoio a todos os envolvidos no caso. Bruno reforçou que a prefeitura tem oferecido todo o suporte necessário à família, tanto técnico quanto humano, e lamentou as tentativas, por parte da oposição, de politizar a situação. O prefeito ressaltou que a prioridade é garantir que os fatos sejam apurados de forma transparente e justa, para que, caso haja qualquer tipo de negligência, os responsáveis sejam devidamente responsabilizados. Ele também defendeu a qualidade dos serviços prestados pelo Hospital Pedro I, mencionando que a unidade tem sido referência no atendimento à saúde em Campina Grande e na Paraíba, especialmente durante a pandemia de COVID-19.
Se há algo a ser apurado e corrigido na Saúde de Campina Grande, que seja feito com responsabilidade e compromisso com a verdade. Mas fica a dica: quem tem teto de vidro não joga pedras no vizinho.
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