Advogado de SP ironiza escolha de Alanna Galdino para o TCE-PB: “A vida é cheia de surpresas”

A nomeação de Alanna Galdino para o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) virou alvo de críticas nacionais, reacendendo o debate sobre mérito e privilégios no poder público. A escolha da filha do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, foi ironizada pelo advogado paulista Ricardo Berezin, do escritório Ricardo Berezin Advocacia e Consultoria, em postagens no X que viralizaram.

Berezin destacou o currículo de Alanna: formada em Direito sem registro na OAB, estudante de Medicina e com experiência apenas como agente de programas governamentais. Em tom sarcástico, ele escreveu:

“Alanna se formou em Direito, mas não tirou a OAB. Desistiu e foi cursar Medicina. Agora, é a mais nova indicada ao TCE-PB. No CV? Agente de programas e curso de inglês no Yázigi.”

A postagem, com uma foto de pai e filha, acumulou 14 mil curtidas, 327 comentários e mais de 460 mil visualizações.


Em outro post, Berezin reforçou:

“Alanna terá R$ 40 mil por mês, vitalícios, com penduricalhos. Trabalhar? Opcional. Ela é filha do presidente da Assembleia, Adriano Galdino. Surpresas da vida.”




A reação nas redes mostra, minimamente, a indignação de muitos com a nomeação, vista como um exemplo de favorecimento. Alanna, sem experiência técnica para o cargo, foi aprovada por 34 deputados estaduais, com apoio do governador João Azevêdo. 

O Ministério Público de Contas chegou a suspender a indicação por “falta de requisitos mínimos”, mas o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, João Benedito, liberou a nomeação, intensificando a polêmica.

Enquanto a população enfrenta dificuldades econômicas, a escolha de Alanna é vista como um símbolo de como o poder público pode ser usado para beneficiar elites políticas. A crítica de Berezin, vinda de São Paulo, mostra que o caso extrapolou as fronteiras estaduais, expondo fragilidades institucionais e a força de laços familiares na política.

A sociedade paraibana e brasileira segue acompanhando o desfecho e acuada, talvez se perguntando: "Até quando o mérito será ignorado em nome de privilégios?"



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