Nordeste inova e cria biocombustível com casca de coco

carvão da casca de coco foto reprodução

 O Nordeste se destaca no cenário nacional por seu enorme potencial em energia verde e biocombustíveis, e Sergipe tem se consolidado como um dos principais produtores de energia da região. Pesquisas inovadoras em Aracaju estão transformando resíduos de coco em biocombustível. Dessa forma, transforma o que seria descartado em oportunidades. Desse modo, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e abrindo caminho para novas fontes de energia.

Pesquisadores de Aracaju estão desenvolvendo tecnologias que convertem a casca do coco verde, um resíduo abundante na capital sergipana, em biocarvão e biocombustível. As iniciativas são conduzidas por dois importantes institutos:

Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS):

A engenheira florestal e doutora Daniele Vieira Guimarães lidera o projeto que já desenvolveu um método de pirólise que transforma a casca do coco verde em biocarvão. Esse biocarvão tem um alto teor de carbono estável, contribuindo para o aumento do pH do solo, retenção de umidade e melhoria na disponibilidade de nutrientes, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP):

O ITP utiliza a fibra da casca do coco verde para gerar bio-óleo, que é posteriormente refinado em combustíveis como gasolina, querosene de aviação e diesel renovável. Esse processo oferece uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis e aproveita um resíduo que, de outra forma, representaria um desafio ambiental.

Sergipe: Diversificação na matriz energética

Sergipe já se destaca não só pelas fontes renováveis, mas também pelo aproveitamento de seus recursos naturais tradicionais. Confira abaixo as principais fontes de energia produzidas no estado:


Benefícios para a agricultura e o meio Ambiente

Os resultados das pesquisas indicam que o biocarvão pode melhorar significativamente o crescimento vegetal, aumentando o diâmetro das plantas e a produção de clorofila, superando até mesmo alguns fertilizantes comerciais. Além disso, o processo de produção não utiliza água e não gera resíduos líquidos, o que o torna uma solução ambientalmente atraente.


Dessa forma, a tecnologia que o ITPS desenvolve está em fase de avaliação para patente, e já teve divulgação em uma cartilha com linguagem simples para cooperativas e agricultores familiares. Essa iniciativa visa ampliar o uso do biocarvão em pequenas propriedades, contribuindo para a agricultura sustentável e reduzindo a dependência de fertilizantes químicos.

Conclusão

Assim, com a conversão de resíduos como a casca do coco verde em energia renovável, Sergipe reforça seu papel como um grande produtor de energia limpa no Nordeste. As inovações do ITPS e do ITP não só agregam valor à cadeia produtiva, mas também demonstram como a ciência e a tecnologia podem impulsionar um desenvolvimento sustentável.  Com isso, essa tendência promete transformar a matriz energética da região e fortalecer a posição do Nordeste como referência em energia verde e biocombustíveis.




Ne9

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